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Agentes de Endemias tem oito infectados da mesma equipe pelo novo coronavírus

Equipe de combate à dengue de Barueri enviou carta à chefia dia 23 de março mostrando preocupação com contaminação por Covid-19 — Foto: Arquivo pessoal
A equipe de combate à dengue de Barueri, na Grande São Paulo, tem oito profissionais infectados pelo novo coronavírus, segundo a prefeitura da cidade. Desde o começo da pandemia, os profissionais têm reportado preocupação com a contaminação, tanto deles quanto das residências visitadas, já que o trabalho consiste em vistoriar de casa em casa como está a prevenção com o mosquito.

No dia 23 de março, os agentes de endemias entregaram uma carta para a coordenadoria de vigilância epidemiológica. O texto dizia: "deixamos claro que a nossa preocupação é com a segurança da população, onde podemos nos tornar vetores do vírus". A carta foi assinada por 17 profissionais, que alegam que a atividade não é serviço essencial e deveria entrar em quarentena.

No entanto, a prefeitura contesta a argumentação. "Conforme preconiza o Ministério da Saúde, serviços essenciais não podem ser suspensos. É o caso da Diretoria Técnica de Controle de Zoonoses: um serviço de saúde, portanto essencial." A administração municipal lembra ainda que Barueri teve 27 casos de dengue neste ano.

"Como comparativo, em 2019 tivemos 22 casos durante todo o ano. Ou seja, trata-se de uma ameaça real e constante, por isso esse trabalho não pode parar, bem como a conscientização do cidadão quanto as medidas necessárias para combater o mosquito transmissor", disse a prefeitura em nota.

No dia seguinte à carta, em 24 de março, alguns profissionais fizeram um vídeo reiterando os perigos da função. “O que a gente vai fazer? Vir amanhã, contaminar todo mundo na rua, porque está vindo gente do nosso setor que pega ônibus, e levando como vetores para os outros moradores nas casas", disse o agente no vídeo divulgado nas redes sociais.

O G1 conversou com um dos agentes infectados, que prefere não se identificar. Ele disse que os profissionais que aparecem no vídeo tiveram que tirar férias compulsórias como represália.

O agente de endemias relatou ainda que em meados de março, quando a pandemia começou a piorar, eles também tiveram que se empenhar solicitando equipamentos de proteção individual (EPIs). Além disso, eles seguem para o trabalho em uma van com 16 pessoas. Dos oito infectados, seis trabalham nas vans. Os que testaram negativo continuam saindo juntos no veículo.

Após as reclamações, os profissionais passaram a trabalhar com todos os equipamentos necessários, como luvas, máscaras e álcool gel. "Ainda como um cuidado a mais, estão sendo fornecidas máscaras de proteção facial, que não são consideradas EPIs, mas reforçam essa segurança com eles. Estão sendo feitas também a higienização das viaturas com empresa especializada", informou a Prefeitura de Barueri.

Os agentes também são orientados a não entrar mais nas casas, e sim vistoriar em volta delas e manter uma distância segura dos moradores. "Gostaríamos de frisar que a atividade dos agentes de combate às endemias também foram adaptadas para garantir a integridade física deles. Não há, portanto, qualquer negligência e muito menos represália por parte da prefeitura, apenas o cumprimento do que determina o Ministério da Saúde", disse a administração municipal.

Ainda assim, os profissionais que seguem nas ruas continuam preocupados. "De repente nós mesmo estamos levando esse vírus, e assim não vai abaixar essa curva de jeito nenhum", disse o agente.
Fonte: G1

Neste contexto que temos que nos atentar aos colegas que faz parte do grupo de risco e ainda estão trabalhando:

Infelizmente, muitos municípios estão obrigando os trabalhadores no grupo de risco à trabalhar. Se você está nesta situação, ASSISTA O VÍDEO ABAIXO E SAIBA O QUE FAZER, e lembre-se sua saúde em primeiro lugar:

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