Agente de combate a endemias e Diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro foram detidos após participarem de protesto na Linha Amarela
Profissionais da saúde pedem medidas de proteção à população contra a COVID-19 Foto: Arquivo pessoal / Arquivo pessoal |
O diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Carlos Vasconcellos, e a agente de combate a endemia, Lúcia Pádua, foram conduzidos até a 026ª DP (Todos os Santos) após participarem de um protesto que pedia medidas para proteger a população e garantir equipamentos de proteção individual para os trabalhadores no combate à COVID-19 na manhã deste sábado. A manisfestação reuniu um grupo de cerca de 15 pessoas na praça de pedágio da Linha Amarela por volta das 10h20 e durou 20 minutos, sem interrupção do trânsito.
O ato consistia em segurar uma faixa com os dizeres: "Quarentena geral para não adoecer. Renda mínima para sobreviver. Leitos para todos não morrer" e, de acordo com o presidente do sindicato, Alexandre Telles, não houve bate-boca entre manifestantes e policiais mas, mesmo se prontificando a retirar uma faixa, dois integrantes do grupo foram direcionados até a delegacia. Ainda segundo Telles, o protesto tinha nove profissionais de saúde, respeitando o distanciamento e com uso de máscara. Entre eles havia três médicos, uma agente de vigilância em saúde, uma nutricionista e uma musicoterapeuta.
— Isso é um completo absurdo e abuso de autoridade. São todos profissionais que estão na linha de frente, cuidado das pessoas, e merecem respeito — lamenta Telles.
A Polícia Militar informa que equipes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECOM) foram acionadas para checar o protesto e que, chegando ao local, os policiais orientaram o grupo e desobstruíram a via e dois participantes foram conduzidos à 26ª DP (Todos os Santos) para registro dos fatos.
Segundo a Polícia Civil, Carlos Vasconcellos e Lúcia Pádua foram ouvidos e autuados no artigo 268 do código penal (nfringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa) e, em seguida, liberados. O caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal - Jecrim.
Fonte: O globo
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