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Após 13 anos de serviços, mais de 50 agentes de endemias são demitidos em Feira de Santana

Um grupo de agentes de endemias de Feira de Santana esteve, na manhã desta quarta-feira (23), na Câmara Municipal, solicitando apoio dos vereadores devido à demissão em massa que ocorreu no último dia 17 de fevereiro, quando 51 agentes foram demitidos.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Rita Maria de Almeida, que é servidora, informou que é concursada desde o ano de 2008, isto mesmo, concursada, mas segundo ela, sem motivos plausíveis, o prefeito decidiu demitir os agentes.

"Hoje eu vim aqui na Câmara junto com alguns colegas na Casa da Cidadania, na presença do nosso presidente da Câmara e outros vereadores, levar ao conhecimento e pedir ajuda, porque no dia 17 de fevereiro, agora de 2022, fomos demitidos pelo gestor da cidade, o prefeito Colbert Martins da Silva Filho, sem um motivo ainda plausível. Nós fizemos um concurso para sermos agentes comunitários de saúde no ano de 2008 e, em 2009, fomos convocados pelo prefeito Tarcízio Pimenta na época, para desenvolver as atividades de agentes de endemias devido à epidemia de dengue, que ocorria na época aqui no município. Nisso, já se transcorreram 13 anos de serviços, passamos por este processo de um concurso, e agora sem motivo ainda legais, nós estamos todos demitidos. Pais e mães de famílias, estamos com as nossas mentes sem saber o que fazer e procurando uma ajuda judicial, uma ajuda também política, principalmente dentro do meio judicial das leis, para nos defender, para ver se retornamos aos nossos trabalhos", destacou.

Ainda de acordo com Rita Maria, o concurso para contratação de agentes de endemias em regime de Reda, realizado no último domingo (20), é inconstitucional.

"Foi feito um Reda, que é ilegal, porque não era para fazer. A prefeitura deveria ter feito um concurso público e fez um Reda, que na Lei 11.350 na Lei Federal, proíbe Reda ou qualquer outro tipo de contrato que sairia para atender uma questão. Só iria atender se tivesse um surto de dengue, por exemplo, e não está ocorrendo isso no município de Feira de Santana, no momento. Então a nossa situação é difícil, somos pais e mães de famílias desempregados após 13 anos de serviços prestados ao município de Feira de Santana. Estamos nesta condição e não é que entramos na prefeitura pela janela não, entramos com concurso público para agentes comunitários de saúde, somos concursados e estamos sendo demitidos de uma maneira, que se diga, arbitrária e ilegal pelo gestor. Eu peço a todos de Feira de Santana que orem por nós, e nos ajudem pois o momento está muito difícil", concluiu.

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