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Agente de Endemias publica artigo sobre borrachudos em periódico internacional

    Na pesquisa de campo, no Parque Atalaia, o doutorando encontrou sete espécies de borrachudos

Quem é apaixonado pelo que faz sabe muito bem que sempre é possível inovar a rotina de trabalho e deixá-la mais prazerosa. Agente de Combate a Endemias da Prefeitura de Macaé, Willian Rodrigues da Costa Marinho, aproveitou sua atuação no controle do mosquito Aedes aegypti para inspirar sua vida acadêmica – desde a iniciação científica da graduação – e se dedicar à pesquisa com insetos. Atualmente doutorando em Ciências Ambientais e Conservação do NUPEM/UFRJ, Willian comemora a publicação de dois artigos científicos no periódico internacional Nature and Conservation.

O artigo “Simulídeos (Simuliidae: Diptera) como objeto de estudo no Brasil e no mundo” foi desenvolvido durante o mestrado de Willian, também realizado no PPG-CiAC. Já o artigo “Predileção de Substratos por espécies hematófagas de Simuliidae (Diptera) da região sudeste do Brasil para controle vetorial” foi produzido na transição do mestrado para o doutorado, quando Willian passou a atuar na formação de jovens pesquisadores e co-orientou Ruann Guimarães, estudante de Biomedicina da Faculdade Cenecista de Rio das Ostras.

Os trabalhos podem ser lidos, na íntegra, aqui:    (http://sustenere.co/index.php/nature/article/view/CBPC2318-2881.2021.001.0002/2499) (http://sustenere.co/index.php/nature/article/view/CBPC2318-2881.2021.001.0001/2498) .

Formado em Ciências Biológicas pela UENF, Especialista em Ecologia e Biodiversidade pela UCAM, Mestre em Ciências Biológicas pelo NUPEM/UFRJ, e atualmente aluno do segundo ano de doutorado, Willian conta que, durante seu percurso acadêmico, passou por diferentes áreas como, paleontologia, estudo com hormônios, até chegar à Bioquímica de insetos, onde descobriu o que gostaria de pesquisar.

Após terminar a graduação e decidir fazer o mestrado, em 2017, Willian levou a proposta para o orientador, o professor Rodrigo Nunes da Fonseca. “Minha pretensão era trabalhar com Ecologia e levantamento de espécies da família Culicidae. Nesta família, estão inseridos mosquitos como Aedes aegypti e Aedes albopictus. Contudo, meu orientador me perguntou se eu conhecia e gostaria de trabalhar com os Simulídeos, os famosos borrachudos. Eu, particularmente não os conhecia, mas fui pesquisar e logo me interessei. Nesse mesmo período, o professor Rodrigo me apresentou ao meu coorientador, o professor Ronaldo Figueiró da UEZO (Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste) que já trabalhava com borrachudos há muito tempo”, conta.

A pesquisa – Willian ressalta a importância do trabalho para a Coordenadoria Especial de Proteção Animal e Controle de Zoonoses, pois os borrachudos, devido a suas picadas, são insetos incômodos para população que vive à beira de corpos d’ água, turistas e animais. “Além disso, apresentam papel importante como indicadores de qualidade ambiental para córregos, rios e riachos e também na transmissão de doenças como Oncocercose e Mansonelose”, observa.

Foi ainda durante o mestrado, que o agente fez um levantamento de espécies de borrachudos do Parque Natural Municipal Atalaia, onde encontrou sete espécies desses mosquitos e, ainda no mestrado, também trabalhou com ecologia e genética do desenvolvimento desses insetos. “Atualmente, no doutorado, estou dando continuidade ao trabalho já desenvolvido com os borrachudos, ampliando mais a área de coleta para outros ambientes e também vamos tentar fazer a descrição de espécies por técnicas genéticas”, afirma.

Parceria CEPSACZ – A atual gestão da Coordenadoria de Promoção à Saúde dos Animais e Controle de Zoonoses (CEPSACZ) também celebra a publicação dos artigos científicos, o que fortalece ainda mais a Comissão Permanente de Formação Continuada (COPEFOCO) criada este ano em convênio com NUPEM – UFRJ. Willian é um dos coordenadores da comissão que tem como proposta desenvolver, por meio de capacitações, o desenvolvimento acadêmico dos Agentes de Combate a Endemias. A previsão é realizar um curso por mês, até dezembro, com o objetivo de inovar e aprimorar os procedimentos e práticas desenvolvidas na rotina diária pela equipe de ACEs.

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