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DENUNCIA: São Paulo, maior capital do Brasil, tem falta de ACS nas ruas. Salvador segue o mesmo exemplo!


O número de agentes comunitários de saúde, que fazem o acompanhamento médico da população em São Paulo, está em queda na capital paulista.

Na região de Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, o serviço está deixando a desejar depois que o número de agentes diminuiu, e a qualidade das visitas às famílias também. Na UBS Mascarenhas de Moraes, na região de Sapopemba, esta ligação está cada vez mais rara. Os moradores estão insatisfeitos (Veja vídeo abaixo):.


"Só que eles passam aqui de vez em quando, mas não é sempre porque acho que é muita gente pra atender. Antigamente, elas passavam aqui com bem mais frequência", afirma o pintor Miroval Sampaio dos Santos.

Isso começou quando 5 agentes foram remanejados. Agora, eles fazem serviços administrativos. Os agentes que continuam atuando na rua não estão dando conta. Contam que estão sobrecarregados. Cada agente é obrigado a fazer pelo menos 240 visitas por mês. Antes de colegas mudarem de função, a meta era de 180 visitas. Com menos agentes, o atendimento acaba sendo superficial.

A dona de casa Daniele Oliveira diz que "hoje em dia o atendimento é mais burocrático, mais assinatura que eles pedem. Então seria mais número, não qualidade", afirma. O Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde diz que as organizações sociais responsáveis pelas UBSs menosprezam o trabalho dos agentes.

O desvio de função de agentes comunitários também tem acontecido em outras unidades básicas de saúde da capital, o que torna mais grave um outro problema enfrentado pela prefeitura: a falta destes profissionais na rede pública municipal.

A secretaria de Saúde de São Paulo conta com mais de 7,8 mil agentes comunitários de saúde. Para atender a população, seriam necessários cerca de 8,2 mil profissionais.

O secretário de Saúde, Wilson Pollara, admite o problema. "Existe realmente um problema quando o funcionário tem alguma testado médico dizendo que ele não pode fazer atividades físicas. A ideia é até o final do ano nós tenhamos uma boa melhoria na abrangência na cobertura da saúde da família de toda a população que hoje não tem, infelizmente, um plano de saúde.
Fonte: G1

Em Salvador/BA, a situação não é diferente e ainda é mais grave:

Há 15 anos sem ter concurso público no município, cujo o último foi em 2002, existem cerca de 1.510 ACS, segundo o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde - CNES. Essa quantidade de profissionais, para toda uma população superior a de 2,6 milhões de pessoas, quando o ideal para que os ACS atendam de maneira menos precária a população deveria ser de 3.560 ACS. Uma diferença de 2.050 profissionais. Segundo o Ministério da Saúde, 1 ACS deveria a de 750 pessoas.

"Aqui a prefeitura cobre a cabeça para descobrir o pé! Toda hora somos mudados de bairro para outro, para cobrir onde não tem ACS e informar ao Ministério da Saúde que a área está coberta, sendo que não está. O ACS tem que ter o vínculo com a comunidade, para que realize seu trabalho de maneira plena, com aceitação e participação ativa na localidade e com esse troca-troca, isso se perde", denunciou a Agente Comunitária, que não quis se identificar.

Agentes Comunitários em Salvador sentem-se sobrecarregados e estão doentes.

Em um número não oficial, já que a Prefeitura de Salvador não possui o registro de trabalhadores adoentados separados por cargos, acredita-se que a quantidade de ACS em restrição temporária ou permanente supera os 300 profissionais. Mas há muito mais que estão com a saúde debilitada que não entra em restrição com medo de ter perdas salariais. "O médico já me deu o laudo e me disse para que eu fosse para a restrição. Mas tenho medo que ao ir para a restrição, eu tenho meu salário cortado", informou uma outra ACS que não quis se identificar.

Acredita-se que o número de profissionais somados aos que já estão em restrição funcional, e que por questões financeiras, não estão habilitados para trabalhar devido a doenças ocupacionais ou outros tipos de doença e mesmo assim trabalham, seja o dobro , isto é aproximadamente 600 profissionais sem condições de prestar serviços de ACS. Esse prejuízo quem sofre é a população: aproximadamente cerca de 450.000 famílias deixam de ter o atendimento destes profissionais. 

Com tudo isso quem sofre é a população soteropolitana, que tem a pior cobertura do Programa de Saúde da Família entre as capitais do país.

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