Após manifestação da família, assassino e estuprador de ACS foi finalmente preso.
O homem que estuprou e matou a agente comunitária Fátima Viana foi preso. Na semana passada, a polícia chegou a pedir a prisão de Vitor Rodrigues Ramos, que confessou o crime, mas o pedido foi negado. A Justiça só concedeu a prisão temporária na quinta-feira (7).
Ramos foi preso em Itapira, no interior de São Paulo, como informou o SPTV. Ele era vizinho da agente, no bairro da Brasilândia, em São Paulo. No dia 30 de junho, ele confessou que estuprou, matou e depois escondeu o corpo da agente comunitária.
O delegado que cuida do caso pediu a prisão temporária dele, mas um juiz negou o pedido. Foram sete dias de angústia para familiares e amigos da vítima. Eles chegaram a fazer uma manifestação na Avenida Paulista para pedir Justiça.
“O que faltou talvez foi uma troca de informações. Eu percebi que o caso era grave, três crimes hediondos. Eu jamais deixaria ele sair pela porta de frente sem uma tentativa de prendê-lo”, disse o delegado Lupércio Antonio Dimovi.
Vitor Rodrigues Ramos estava em liberdade condicional por um crime de receptação.
A decisão de prender novamente o assassino e estuprador, veio após manifestação da família, amigos e colegas de trabalho:
Amigos e parentes da agente de saúde comunitária Fátima Viana, de 45 anos, assassinada na semana passada na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, protestam na Avenida Paulista, na região central da cidade, na noite desta quarta-feira (6).
Os manifestantes vestem camisetas com o rosto da vítima estampado e pedem a prisão do agressor, que foi solto pela Justiça logo após admitir o crime.
Fátima foi encontrada morta na noite de quinta (30), após o vizinho da agente de saúde confessar o assassinato. À polícia, Victor Rodrigues Ramos contou que estuprou, matou e depois escondeu o corpo.
Para o delegado Lupercio Dimove, do 23° Distrito Policial, em Perdizes, Victor devia ter ficado preso. Ele estava em liberdade condicional por um crime de receptação. Mas a prisão preventiva foi negada pela Justiça. O documento em que a prisão é negada não tem assinatura de nenhum juiz. Ramos foi liberado no mesmo dia em que assumiu a autoria dos crimes.
Daniel Viana, marido de Fátima, cobra respostas da Justiça e se revolta com a decisão. "Ele violenta minha esposa, ele assassina minha esposa, ele confessa isso dentro de um fórum, vai pra uma delegacia e antes de eu reconhecer o corpo da minha esposa no IML, esse cara tá na rua, como que eu vejo isso? Não sei como que eu vejo isso, não”, afirma.
Fátima Viana era agente comunitária de saúde de uma Unidade Básica de Saúde da Brasilândia há 18 anos. Trabalhava visitando os moradores e também morava perto do local. Ela desapareceu na manhã de quarta-feira (29) e os moradores começaram uma mobilização pra encontrá-la.
Na sexta, o secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, lamentou a morte de Fátima nas redes sociais. A pasta divulgou uma nota de pesar à imprensa:
É com o extremo pesar que a Secretaria Municipal da Saúde comunica o falecimento de F.J.V.R., 45 anos, agente comunitária de saúde da Zona Norte da cidade, que foi vítima de um crime bárbaro. Ela trabalhava há 18 anos nesta função. Era uma profissional dedicada e comprometida na defesa de uma saúde mais humana e com mais qualidade. A secretaria manifesta sua solidariedade e força aos amigos e familiares neste momento difícil, e espera que as autoridades policiais possam solucionar o caso o mais rápido possível, punindo os responsáveis por esse crime bárbaro. Vamos continuar lutando por um mundo que respeite e proteja as mulheres.
A reportagem do SPTV pediu ao Tribunal de Justiça uma resposta sobre o caso, já que o documento liberando o assassino não é assinado por nenhum juiz. O Tribunal respondeu que não localizou o pedido de prisão e, mesmo se tivesse localizado, não daria explicações por que o caso corre em segredo de Justiça.
Fonte: G1 Notícias
Minha opinião:
Somente após a família, amigos, colegas de trabalho e a própria população se revoltar, que a justiça dá a devida resposta, que deveria ter dado desde o momento que ele se entregou: MANTÊ-LO PRESO!
Agora que ele fique por lá há muito tempo!!!
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