Dia do Trabalhador: quem faz, merece ter voz!

1º de Maio. Dia do Trabalhador. Um feriado? Sim. Mas, acima de tudo, um marco de resistência, suor, luta e dignidade.

E quando falamos em luta diária, não tem como não lembrar de duas categorias que literalmente carregam a saúde pública nas costas (e nos territórios): os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes de Combate às Endemias (ACE).

Esses profissionais não aparecem nos comerciais bonitos da TV, mas são os primeiros a bater na porta de quem mais precisa. São eles que enfrentam sol, chuva, lama e descaso institucional para garantir vacinação, controle de doenças, prevenção e, muitas vezes, um simples "bom dia" que salva o psicológico de muita gente.

A luta dos ACS e ACE é antiga. Começou nas comunidades, nos bairros mais esquecidos pelo poder público, e chegou até o Congresso, Tribunais e Ministérios. Foi no grito, na marcha, no “papel na mão e coragem no peito”. Piso salarial, reconhecimento legal, aposentadoria especial, EPIs... Nada veio de presente. Foi tudo na base da insistência, da união e da resiliência.

E hoje, no Dia do Trabalhador, a gente não quer só parabéns. Quer respeito, valorização e investimento!

Quer ser ouvido nas decisões que afetam a saúde da população.

Quer que cada agente seja visto como o profissional essencial que é — porque sem saúde básica, não há SUS que aguente.

Então fica aqui nossa homenagem, mas também nosso chamado:

trabalhador de verdade não se curva, se levanta.

E ACS e ACE seguem firmes, escrevendo, com o pé na rua e o coração no povo, mais um capítulo da história da saúde pública brasileira.

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