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SEMGE começa a treinar signatárias para liberar a consignação. Mas vocês sabem os perigos do empréstimo consignado?

De acordo com algumas fontes, a Prefeitura de Salvador começou a realizar os treinamentos das signatárias que irão fonecer o empréstimo consignado. O Banco Bradesco é uma delas.
Estima-se que até o dia 31/03 o sistema esteja liberado.

Mas vocês sabem os perigos do empréstimo consignado?

Olá colegas. Devido ao desespero de muitos servidores a não liberação da margem consignatória pela prefeitura, fiquei preocupado e resolvi pesquisar um pouco sobre isso.

Muitos servidores estão com o seu orçamento muitíssimo apertado por causa dos empréstimos consignados, mas você já parou pra se perguntar o que é o crédito consignado? Leia abaixo:

Basicamente, é uma modalidade de empréstimo cujo pagamento é feito mediante o desconto das prestações, com os juros devidos, diretamente na folha de pagamento. Em outras palavras, o trabalhador recebe seu salário com o desconto das prestações. Normalmente, os juros são mais baixos, já que o pagamento é praticamente certo para o credor. O empregado não precisa pagar boleto bancário, nem tampouco se programar para efetuar os pagamentos, e o credor não precisa contratar ninguém para buscar o pagamento. Essa situação, que leva a uma certeza maior do pagamento da dívida, resulta na redução das taxas de juros.

Riscos do crédito consignado

Parece um bom negócio, não é? Mas não é: na verdade, o crédito consignado pode ser uma verdadeira bomba relógio para o orçamento de quem não sabe administrar suas finanças.

Na maioria dos casos, o crédito consignado é limitado a, no máximo, 30% da renda. Mas já existem empresas que concedem crédito consignado sem estabelecer qualquer limite de margem, levando muitas pessoas ao descontrole de suas finanças. Imagine a situação de quem tem um salário de R$ 2.000,00 e só recebe R$ 1.400, uma vez que 30% de sua renda já está destinada ao pagamento do empréstimo? E eu nem contei os descontos legais com Imposto de Renda e INSS nos cálculos!

Pior ainda é a situação de quem utiliza o crédito consignado sem margem de consignação. Em alguns casos, a instituição financeira permite que 50% ou 60% da renda do contratante seja comprometida com empréstimos consignados. No desespero, e por falta de educação financeira, muitas pessoas recorrem a esse mecanismo para pagar as contas do mês, esquecendo que na verdade só estão adiando o problema, uma vez que, no mês seguinte, também faltará dinheiro e, pior, ainda será necessário pagar a prestação do empréstimo.

É vergonhoso que o próprio governo estimule esse tipo de empréstimo, que apenas desestimula a educação financeira e favorece o endividamento das famílias. Em vários órgãos públicos, há cartazes anunciando crédito consignado em folha, e destacando os prazos longos e a possiblidade de se endividar sem se preocupar com o pagamento das parcelas (afinal, é tudo descontado em folha!). E o pior, em alguns órgãos, os próprios servidores – novamente, por falta de educação financeira – pressionam suas chefias para afrouxar as regras, aumentando os limites de consignação e os prazos de pagamento.

Outro risco do crédito consignado diz respeito à taxa de juros. Embora, na média, os juros cobrados por essa modalidade de empréstimo sejam menores do que os juros do cartão de crédito e do cheque especial, as taxas ainda são bastante elevadas. Em alguns casos, chegam a 2% ao mês, ou incríveis 27% ao ano! Com prazos que chegam a 90 meses, quem recorrer a um empréstimo como esse pagaria cerca de 490% acima do valor emprestado – e pagaria quase 5 vezes mais do que o valor emprestado.

Conclusões: usar ou não o crédito consignado em folha?

O crédito, por si só, não é ruim. Existem dívidas boas e dívidas ruins. Mas é importante verificar se recorrer ao crédito consignado é realmente necessário, ou se há alternativas mais baratas. Se você pretende comprar um carro, por exemplo, e verifica que os juros do crédito consignado são inferiores aos juros do financiamento do automóvel, pode valer a pena recorrer a essa modalidade de crédito. Mas, como já vimos, comprar à vista pode ser uma alternativa melhor na maior parte dos casos.

Mas em nenhuma hipótese recorra ao crédito consignado para cobrir rombos no orçamento. Tente negociar as dívidas, se eduque financeiramente e tente viver com seu salário. Esta é a maneira mais sadia de reequilibrar as contas e começar a construir, efetivamente, um futuro financeiro – utilize o crédito consignado apenas nos casos estritamente necessários!
Fonte: O pequeno investidor

Mas se precisar? Dicas para quem precisar fazer um empréstimo consignado:

- Sempre pesquise a instituição financeira: verifique a existência de CNPJ e loja física – nestes casos prefira realizar a negociação pessoalmente. Caso a instituição não seja conhecida, pesquise no Banco Central se ela está autorizada a funcionar.

- Caso opte por fazer um empréstimo pelo telefone ou internet, saiba que você tem até 7 dias para cancelar o contrato. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o cliente pode rescindir o contrato quando o mesmo foi feito fora do estabelecimento comercial;

- Nunca forneça suas senhas a ninguém (cartão de crédito, senha institucional, entre outros);

- Sempre pesquise as taxas de juros cobradas e as outras opções disponíveis: muitas vezes as taxas anunciadas não são tão baixas assim – cuidado com propagandas enganosas;

- Evite a utilização de intermediários, pois aumenta o risco de golpes;

- Leia e releia o contrato. Entenda com o que você está se comprometendo, saiba quanto vai pagar, quais as taxas, em quanto tempo vai terminar de pagar, se pode cancelar o contrato, entre outras informações importantes;

- Evite prazos longos, mais sujeitos a incertezas;

- Planeje-se bem: sua renda irá diminuir durante o período de pagamento do empréstimo, pois não vai receber integralmente o salário;

- Recebeu um dinheirinho extra? Tente quitar o empréstimo e se livrar dos juros, por menor que eles sejam;
Ao fazer um empréstimo ou financiamento, saiba que não é obrigado a aceitar outros serviços oferecidos pela financeira ou banco – esta prática configura venda casada;

- Fez um empréstimo e depois percebeu que não vai conseguir quitar a dívida? Renegocie com o banco: evite sacar do cheque especial ou do cartão de crédito, uma vez que os juros são bem mais altos e a chance de perder o controle é muito maior.
Fonte: Senado Federal

Estas são as dicas para o servidor ter uma vida financeira saudável, sabemos que a prefeitura não ajuda pagando pouco, mas temos que nos controlar para não ficar enrolado depois.